Recebi este artigo através de um grupo que participo e estou compartilhando com vocês.
"Uma vez ouvi um artesão dizer que, se pudesse,dedicaria todo o seu tempo para criar e trabalhar somente no que gostasse. Jamais se envolveria com vendas, clientes e mercado.
Situações ideais como essa, que poucos como Michelangelo Buonarotti tiveram direito (um mecenas lhe bancava) não existem mais.Portanto, cuidado ! O artesão que nutre esse pensamento tende a desaparecer ou desistir.
A vontade de não ir à luta e ficar só fazendo o que gosta, isola e torna o artesão obsoleto.A troca de experiência com outros artesãos éfundamental. Ser mais participativo pode significar um passo para o sucesso. É importante integrar um grupo, seja ele da internet ou de uma associação ou cooperativa.
Pesquisar novos estilos e formas deexpressão, visitar exposições e feiras, desenvolvem aobservação estética. Vale a pena reservar parte do seu tempo para assimilar e, mais tarde, executar novas idéias. Tentar fazer, errar, refazer, se aprimorar.Isso faz parte do processo de criação de um produto ou, ainda, pode facilitar o artista a encontrar seu estilo.
Afinal, não adianta fazer um produto já conhecido e
"batido", só porque ele está na moda e vende. No mundo on line em que vivemos, o tempo de duração da moda é muito curto.
Qualquer produto deve ter expressão própria e única. Mesmo se você fizer um espantalho seja em pintura, pano ou outro material, você precisa pesquisar a expressão do olhar,imprimindo na obra a sua marca pessoal e não a da sua professora.
A sua bijuteria também pode ter um componente a mais, modelado em fio de arame, prata,cerâmica que só você sabe fazer, responsável pelo diferencial da peça.
Sair da concha é observar o mundo, registrar para ondeele caminha e acompanhar as tendências, sem permitir que elas enevoem ou distorçam suas idéias."
Manual do Artesão Brasil - Maio 2006 RJ